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Análise superestrutural dos chamados rolezinhos

Operário Sindicalizado

Já dizia Guy Debord em nosso fundamental trabalho popular A Sociedade do espetáculo:

Neste movimento essencial do espetáculo - que consiste em ingerir tudo o que existe na atividade humana em estado fluido para depois vomitá-lo em estado coagulado, para que as coisas assumam seu valor exclusivamente pela formulação em negativo do valor vivido - nós reconhecemos nossa velha inimiga que embora pareça trivial à primeira vista é intensamente complexa e cheia de sutilezas metafísicas, a mercadoria.

Em apenas uma tacada, Guy Debord ataca todos os rípsteres que assumem valores exclusivamente pela formulação em negativo do valor vivido e o chamado fenômeno dos "rolezinhos", criado por uma mediatização neoliberal burgofascista do fenômeno social. A ironia (a formulação do negativo da vida vomitado de forma coagulada) não se trata senão de uma arma do capital de dominação do proletário, tal como a própria diversão em si, como magistralmente explicado pela consciência popular via Adorno e Horkheimer:

Divertir-se significa estar de acordo. A diversão é possível apenas enquanto se isola e se afasta a totalidade do processo social, enquanto se renuncia absurdamente desde o início à pretensão inelutável de toda obra, mesmo da mais insignificante: a de, em sua limitação, refletir o todo.

Dado tal levantamento bibliográfico, chegamos à conclusão marxista-leninista correta rapidamente de que os rolezinhos não são nada mais, nada menos, que estratégias de ofuscação, jogos de espelho usados pelo grande capital especulativo para desviar o proletariado de seu verdadeiro rumo, a saber a revolução socialista.

Quando jovens da chamada "periferia" invadem centros de venda urbanos, podemos ver que não se tratam da massa alienada do produto de seu trabalho, mas meros membros do lumpenproletariado reacionácio, buscando prazeres na fetichização da mercadoria, na apropriação de roupas de marca e na dança e no canto de canções do ritmo funk, que em nada se assemelham à verdadeira música do cancioneiro popular brasileiro, como Construção, de Chico Buarque.

Trata-se de gente pobre, feia, incapaz de qualquer pensamento racional, que se venderia por quaisquer migalhas jogadas pelos porcos.

Nos idos de 2006, já faláramos aqui da necessidade de eliminação do lumpenproletariado reacionário neste jornal. A emergência dos "rolezinhos" enquanto fenômeno social e mediático só reforça tal necessidade:

[E]ngatei a marcha ré no carro, recuei um pouco e acelerei com toda velocidade à frente, passando por cima do tal lumpenproletário. Saí do carro, peguei um graveto no chão e espetei-o duas vezes para me certificar de que ele não mais viveria. De fato, estava morto!

Pois que, se os membros dos chamados "rolezinhos" não são mais que lumpenproletários, cabe ao povo, por vezes chamado Estado, reprimi-los e finalmente eliminá-los de sua existência, para que eles não barrem a revolução socialista que tomará o Estado.

Cabe lembrar que o espetáculo engendrado pela burguesia midiática é tão absurdo que tais encontros da juventude ignara dos morros anti-Revolução ganhou um nome diminutivo, como artifício publicitário, substituindo o nome correto dos chamados "rolês" por meros "rolezinhos", um rótulo, uma marca, um golpe do capital na consciência revolucionária.

Eventualmente podemos esperar que os rolezinhos sejam re-batizados rolesinhos, tal qual Joãosinho Trinta trocou seu nome por motivos numerológicos: para retirar do Povo a consciência da necessidade de eliminar essa camada pútrida da sociedade, tal qual nos avisava Karl Marx:

O lumpenproletariado, esta putrefação passiva das camadas mais baixas da velha sociedade (...), por toda a sua situação de vida estará mais disposto a deixar-se comprar para maquinações reacionárias.

Comentários

  1. Anônimo03:39

    A copa se aproxima e a cada dia que passa eu reflito mais sobre a injustiça advinda dos esportes. Toda essa sede por vitória, essa vontade de ser melhor que o outro. Concluí, após profunda reflexão, que o esporte é culpado por grande parte do egoísmo dos dias atuais e deveria ser proibido.

    Pense comigo: que time no mundo joga pelo empate, resultado justo e igualitário? Nenhum, camarada, nenhum! Todos jogam de maneira egoísta, visando apenas o próprio bem. Há os que argumentam que num time “existe espírito de equipe”. Eu acredito que esse “espírito de equipe” a nada pode ser comparado se não aos trustes e cartéis – alguns grandes jogadores (empresários) se unem para derrubar os outros. Nada mais lógico e de maior completeza de raciocínio que isso.

    A copa do mundo, portanto, nada mais é que uma estratégia capitalista de manter a rivalidade acirrada entre as nações, como acontece com Brasil e Argentina, dois países originalmente irmãos, vítimas do mesmo capitalismo e separados pelo esporte capitalista que se alastra pelo mundo.

    Não pense, camarada leitor, que sou pela proibição do esporte. Seria de um contra-senso sem tamanho. Sou, apenas, pela proibição da vitória. A oficialização do eterno empate sem gols. Todos os jogos devem terminar em zero a zero. Qualquer outro resultado daria destaque a um time, no caso de vitória, ou a um jogador em especial, no caso tanto de vitória quanto de empate com gols (Ronaldinho Gaúcho, por exemplo, num empate em um a um, continua sendo destaque por ter marcado um gol, distanciando-se do resto do time, quebrando a igualdade).

    E quando eu digo “empate sem gols” não me refiro apenas ao futebol. Vale para todos os esportes. Na corrida, ninguém pode dar o primeiro passo, para não correr o risco de dar um passo mais bonito ou mais longo. Somente se os passos estiverem perfeitamente sincronizados será permitido aos esportistas competirem, sob pena de desclassificação sumária daquele que não estiver sincronizado. No caso de todos estarem em dessincronia, anula-se a competição para o bem do social. O importante é que ninguém ganhe, pois ninguém é melhor que ninguém. Somos todos iguais

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