Operário Sindicalizado
Noutro dia, eu estava voltando para a minha casa no carro do sindicato (que foi comprado com o dinheiro voluntariamente cedido pelos operários revolucionários através da retenção de seus salários na fonte), quando parei frente a um semáforo de trânsito fechado.
Imediatamente se aproximou de mim um membro do lumpenproletariado, pedindo-me para limpar o parabrisas do carro, ao que consenti. Naquele momento, minha mente estava adormecida; eu havia distanciado meus pensamentos da Revolução e das preocupações com o Povo! Tão desatento eu estava que nem notei que estava frente a um dos meus potenciais piores inimigos!
Depois de alguns minutos de torpor, recobrei meus sentidos e identifiquei aquele ser abjeto, excluído, mal-andrajado, miserável, que limpava o vidro do carro. Imediatamente vieram-me à mente as palavras de Karl Marx sobre esse tipo de gente:
Logo depois, engatei a marcha ré no carro, recuei um pouco e acelerei com toda velocidade à frente, passando por cima do tal lumpenproletário. Saí do carro, peguei um graveto no chão e espetei-o duas vezes para me certificar de que ele não mais viveria. De fato, estava morto!
Continuei a guiar o carro rapidamente até minha casa, onde eu dormiria feliz por ter eliminado um dos inimigos do Povo.
Noutro dia, eu estava voltando para a minha casa no carro do sindicato (que foi comprado com o dinheiro voluntariamente cedido pelos operários revolucionários através da retenção de seus salários na fonte), quando parei frente a um semáforo de trânsito fechado.
Imediatamente se aproximou de mim um membro do lumpenproletariado, pedindo-me para limpar o parabrisas do carro, ao que consenti. Naquele momento, minha mente estava adormecida; eu havia distanciado meus pensamentos da Revolução e das preocupações com o Povo! Tão desatento eu estava que nem notei que estava frente a um dos meus potenciais piores inimigos!
Depois de alguns minutos de torpor, recobrei meus sentidos e identifiquei aquele ser abjeto, excluído, mal-andrajado, miserável, que limpava o vidro do carro. Imediatamente vieram-me à mente as palavras de Karl Marx sobre esse tipo de gente:
O lumpenproletariado, esta putrefação passiva das camadas mais baixas da velha sociedade (...), por toda a sua situação de vida estará mais disposto a deixar-se comprar para maquinações reacionárias.Aquele vagabundo estaria disposto a se vender pelas migalhas da burguesia e a sabotar a Revolução Proletária, era óbvio! Quando ele terminou seu "trabalho" e se aproximou para me pedir alguns centavos, meus olhos se encheram de fúria. Eu não poderia permitir que um ser reles daquele posasse resistência à Revolução Comunista. Peguei o extintor de incêndio de debaixo do banco do carro e, com ele, acertei-lhe a cabeça!
Logo depois, engatei a marcha ré no carro, recuei um pouco e acelerei com toda velocidade à frente, passando por cima do tal lumpenproletário. Saí do carro, peguei um graveto no chão e espetei-o duas vezes para me certificar de que ele não mais viveria. De fato, estava morto!
Continuei a guiar o carro rapidamente até minha casa, onde eu dormiria feliz por ter eliminado um dos inimigos do Povo.
Q isso? Não entendi... É metáfora
ResponderExcluir????
ResponderExcluirFaltou o ponto no final