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O esporte como vil servidor do capitalismo

Servidor Público Federal

A copa se aproxima e a cada dia que passa eu reflito mais sobre a injustiça advinda dos esportes. Toda essa sede por vitória, essa vontade de ser melhor que o outro. Concluí, após profunda reflexão, que o esporte é culpado por grande parte do egoísmo dos dias atuais e deveria ser proibido.

Pense comigo: que time no mundo joga pelo empate, resultado justo e igualitário? Nenhum, camarada, nenhum! Todos jogam de maneira egoísta, visando apenas o próprio bem. Há os que argumentam que num time “existe espírito de equipe”. Eu acredito que esse “espírito de equipe” a nada pode ser comparado se não aos trustes e cartéis – alguns grandes jogadores (empresários) se unem para derrubar os outros. Nada mais lógico e de maior completeza de raciocínio que isso.

A copa do mundo, portanto, nada mais é que uma estratégia capitalista de manter a rivalidade acirrada entre as nações, como acontece com Brasil e Argentina, dois países originalmente irmãos, vítimas do mesmo capitalismo e separados pelo esporte capitalista que se alastra pelo mundo.

Não pense, camarada leitor, que sou pela proibição do esporte. Seria de um contra-senso sem tamanho. Sou, apenas, pela proibição da vitória. A oficialização do eterno empate sem gols. Todos os jogos devem terminar em zero a zero. Qualquer outro resultado daria destaque a um time, no caso de vitória, ou a um jogador em especial, no caso tanto de vitória quanto de empate com gols (Ronaldinho Gaúcho, por exemplo, num empate em um a um, continua sendo destaque por ter marcado um gol, distanciando-se do resto do time, quebrando a igualdade).

E quando eu digo “empate sem gols” não me refiro apenas ao futebol. Vale para todos os esportes. Na corrida, ninguém pode dar o primeiro passo, para não correr o risco de dar um passo mais bonito ou mais longo. Somente se os passos estiverem perfeitamente sincronizados será permitido aos esportistas competirem, sob pena de desclassificação sumária daquele que não estiver sincronizado. No caso de todos estarem em dessincronia, anula-se a competição para o bem do social. O importante é que ninguém ganhe, pois ninguém é melhor que ninguém. Somos todos iguais.

E assim se faz o novo esporte. O esporte comunista. Com passos iguais, cresceremos a passos largos!

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