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Entrevista bombástica na Carta Comunal

Operário Sindicalizado

Que a Carta Comunal é uma revista de incontestável credibilidade, os companheiros estão cansados de saber. Mas a revista não cessa de nos surpreender e publica uma entrevista bombástica com Ildo Sauer, professor titular do Instituto de Energia Elétrica da Universidade de São Paulo.

Pretendo aqui citar alguns trechos da entrevista que demonstrarão a o revés inevitável do neoliberalismo e do imperialismo econômico-cultural na América Latina após a "nacionalização" das refinarias na Bolívia, que levarão inevitavelmente à formação da URSLA (União das Repúblicas Socialistas Latino-Americanas).
A crise política criada pela nacionalização das refinarias na Bolívia é uma das grandes evidências da reversão da hegemonia neoliberal no continente.
Exatamente. Como se pode negar que um "investimento" (ou seja, exploração) de uma empresa estatal monopolista brasileira num país estrangeiro não seja o um plano neoliberal de nos tornar dependentes economicamente dos Estados Unidos da América? A nacionalização das refinarias "brasileiras" (que na verdade sempre foram do povo boliviano, foram apenas roubadas pelas multinacionais estadunidenses) foi um ato justo e patriótico que despertará a consciência proletária nos trabalhadores mundiais.
CC: Foi um investimento errado?
IS: Absolutamente. Foi correto, na direção certa, dentro da concepção inicial de cooperação entre dois países. Não houve erro em produzir e consumir gás natural. Posteriormente, mudou a lógica que estava por trás daquele processo. E tudo ficou subordinado à lógica neoliberal da monetização. Fazer dinheiro fácil e rápido com os recursos naturais da Bolívia. Tudo articulado com o mercado brasileiro, onde havia, também, um governo operando com a mesma lógica. O paradigma supremo desse comportamento era a Enron, que, por sinal, faliu.
Nós do OPINIÃO POPULAR estamos completamente de acordo com esse pensamento do sr. Ildo Sauer. Tudo o que aconteceu foi apenas um estágio das contradições imanentes do capitalismo, demonstrando mais uma vez que o sistema neoliberal é ruim e cruel. O povo boliviano se fez ouvir, rejeitando o neoliberalismo da Petrobras, e apenas retomou o que era deles por direito: os meios de produção.

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